sexta-feira, 29 de junho de 2007

Fados...


As coisas VULGARES que há na vida

Não deixam saudades

Só as lembranças que DOEM

Ou fazem SORRIR

GENTE que fica na HISTÓRIA

da história da gente

e outras de quem nem o nome

lembramos ouvir

São EMOÇÕES que dão vida

à SAUDADE que trago

Aquelas que tive CONTIGO

e acabei por PERDER

Há dias que marcam a ALMA

e a vida da gente

e aquele em que tudo acabou

não posso ESQUECER

A chuva molhava-me o rosto

Gelado e cansado

As ruas que a cidade tinha

Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida

gritava a cidade

que o fogo do amor sob chuva

há instantes morrera

A chuva ouviu e calou

meu "SEGREDO" à cidade

E eis que ela bate no vidro

Trazendo a SAUDADE...


Mariza - A chuva.

quinta-feira, 28 de junho de 2007


É incrivel, mesmo com 10000Km a separar-me de Portugal, continuo a ter as mesmas discussões sem nexo, com as pessoas do costume.


Estímulos a mais. Vontades exacerbadas. Não saber pedir desculpa.


Passa tudo por aqui...


Ou neste caso por aí...


Nunca nos dois, que isso era confusão a mais.

Sou capaz de gostar disto....














Dia normal na pedreira.
Não fosse a explosão...
Ainda com os recalcamentos de Malhanzine.
O povo anda assustado.
Ele é bombas p´ra cá...
Ele é explosões para lá...
Desta vez tinha companhia.
Um fotógrafo profissional de guerra.
Com curso tirado nos GOES em Carenque.
Mestrado e pós graduação nos Rangers em Lamego.
Malta da pesada.
Pois bem, contrato eu o rapaz para fazer umas fotografias de jeito.
Era dia de rebentamento.
Toca a partir pedra, para poder produzir.
Colocados estratégicamente.
Posto alto de boa visão.
Tudo a postos...
Fotógrafo em posição.
Adrenalina e muita.
Nervos a flor da pele...
Máquina colocada.
Contagem decrescente.
Conversa para descomprimir antes do bummmm.
E dá-se o grande momento.
Estamos os dois distraídos.
O Ranger manda-se para o chão.
( deve ter aprendido no curso )
Não sem antes se mutilar, em feridas mil.
O olhar de pânico.
A máquina a voar.
Fotografias. Nada.
Cotovelada no meu cocuruto.
Escondidos e em sofrimento.
Ele das feridas da queda.
Eu da pancada na moleirinha.
- Bolas, que isto é forte...
- Assustei-me..
- Nem fotografias tirei...
Ainda a tremer e com carinha de Bambi assustado.
Boa, boa Sr. Ranger, mas não era esse o objectivo.
Tanto curso, tanta coisa para depois...
Ficar todo medroso.
Para isso tinha tirado eu.
Hilariante.
E doloroso para os dois.
Brilhante meu irmão, o que eu adorei a tua visita.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Is this it?


Is this it what love is all about?
P.S. - Fotografia by beeper

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Sapphire...


Quero, quero, querooooooo...

Será???

Será assim?
" A alegria está na luta, na tentativa, no sofrimento envolvido. Não na vitória própriamente dita."
Mahatma Gandhi

Points of view...











quinta-feira, 21 de junho de 2007


E porque hoje começa o Verão para todos vocês que estão aí para cima, cá vai disto:




No Verão os dias ficam maiores

No Verão as roupas ficam menores

No Verão o calor bate recordes

E os corpos libertam seus suores


Eu gosto é do Verão

De passearmos de prancha na mão

Saltarmos e rirmos na praia

De nadar e apanhar um escaldão

E ao fim do dia, bem abraçados
A ver o pôr-do-sol

patrocinado por uma bebida qualquer...



Parabéns Tita Um Ão... He he he...



The way it is...











quarta-feira, 20 de junho de 2007

Speaches II

(…)
Is this what happens?
Yes.
This is what happens.
I'm not afraid.
When they ask me...
...what I liked the best...
...I'll tell them...
...it was you.
(…)
That's life.
You're living now.
And one day...
...you'll be dying.
What's it like?
What?
Warmth.
It's wonderful.
If you'd known this was going to happen...
...would you have done it?
I would rather have had...
...one breath of her hair...
...one kiss of her mouth...
...one touch of her hand...
...than an eternity without it.
One.
(…)

A vida é bela...


A vida é bela...
Não se acostume com o que não o faz feliz,

revolte-se se for preciso...

Alague seu coração de esperanças,

mas não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!

Se perceber que precisa seguir, siga!

Se estiver tudo errado, comece novamente.

Se estiver tudo certo, continue.

Se sentir saudades, mate-a.

Se perder um amor, não se perca!

Se achá-lo, segure-o!

Circunda-se de rosas...

Ame...

Beba...

Ria...

O mais é nada...


Fernando Pessoa

terça-feira, 19 de junho de 2007

Speaches...


William: How did you know me after so long?
Murron: Why, I didn't.
William: No?
Murron: It's just that I saw you staring at me and I didn't know whoyou were.
William: I'm sorry, I suppose I was. Are you in the habit of riding off in the rain with strangers?
Murron: It was the best way to make you leave.
William: Well, if I can ever work up the courage to ask you again, I'll send you a written warning first.
Murron: 'O it wouldn't do you much good. I can't read.
William: Can you not?
Murron: No.
William: Well that's something we shall have to remedy, isn't it.
Murron: You're going to teach me to read, then?
William: Ah, if you like.
Murron: Aye.
William: In what language?
Murron: Ah, you're showing off now.
William: That's right. Are you impressed yet?
Murron: No. Why should I be?
William: : Oui. Parce que chaque jour j'ai pensé à toi.
Murron: Do that standing on your head and I'll be impressed.
William: My kilt will fly up but I'll try.
Murron: You certainly didn't learn any manners on your travels.
William: I'm afraid the Romans have far worse manners than I.
Murron: You've been to Rome?
William: Aye, my uncle took me on a pilgrimage.
Murron: What was it like?
William: (in French) Not nearly as beautiful as you.
Murron: What does that mean?
William: Beautiful

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Let´s do it...

Let´s do it Mozambique way...
Amanhã, amanhã...

Weekend Report...

Papagaios

As manhãs


Canoas


A cabana - Upgrade


Pronto... O raio da cabana já tem electricidade, ar condicionado, televisão, frigorifico, água canalizada e vista de mar... E o resto? Onde está?!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Tinha-me esquecido...


O Rui Veloso esteve aqui em Maputo a tentar dar-me música..
E até deu...

Sequência...

Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago. Escrevo. Apago.


Amanhã é um novo dia.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

É disto, que o meu povo gosta??!!!



Pequena descricao do artista... segundo o portalpimba:
"É díficil falar de um artista como Nel Monteiro, a sua carreira de mais de 25 anos mostra como ele conseguiu gerir uma carreira de forma exemplar, sabendo em cada disco lançado chegar ao público, dando-lhe aquilo que ele queria. Por isso, Nel Monteiro é hoje um dos artistas portugueses mais famosos, com provas dadas e de valor inegável, o apreciador de música popular tem obrigatóriamente que conhecer a sua obra, quer goste ou não goste. Nel Monteiro está para a música popular alternativa como o Ozzy Osbourne para o metal, mesmo que não se goste tem que se ouvir para conhecer as raízes. Eu confesso que a obra mais divulgada de Nel Monteiro a mim não me diz muito, no entanto, as suas músicas mais desconhecidas, aquelas que não passam na rádio são as minhas preferidas, estando essas muito perto de um Leonel Nunes ou Hermenegildo Soares. A música que voz deixo aqui é a "Toca o bicho", nela destaco a música num ritmo muito "dançável" e a alegria do artista que não se coíbe de soltar uma ou outra gargalhada no meio da música. O refrão, cantado pelas suas belas bailarinas, é outro dos factores que tornam esta uma das melhores músicas de Nel Monteiro. Uma música imprescindível aos apreciadores da música popular alternativa. "

E agora um pequeno excerto de um super-hit aqui do Nel...

Toda malta gritou

Ate' o padre ajudou

Aperta, aperta com ela

A banda sempre a tocar

O povo todo a cantar

Aperta, aperta com ela

No's apertamos os dois

Entao ai e' que foi

Aperta, aperta com ela

Assim amor pois entao

Comecou nossa paixao

Nesse baile de Verao' ...


sexta-feira, 8 de junho de 2007

Situações a não repetir:

Uma linda manhã de trabalho, continuava eu nos meus afazeres, e farto de esperar que me atendessem e / ou me fosse dada alguma atenção, e eis quando me sai esta linda pérola da boca:

- Devo ser preto, eu, não??!!!

Claro, que eu era o único branquelas ali do sítio e me encolhi de vergonha com os olhares que me foram lançados… Meti a viola no saco, assobiei para o lado e esperei o tempo que foi preciso sem fazer mais brilhantes declarações…

Toma lá, que é para aprenderes.

A felicidade em momentos...


A felicidade em momentos...


Ser feliz por momentos e algo de que nao se deve ter vergonha. Momentos que o fim torna ridiculos. A felicidade, como o amor, é um sentimento ridiculo. Mas a felicidade, como o amor, so e ridicula quando vista de fora. A felicidade, como o amor, so e ridicula antes ou depois de si propria. A felicidade sao momentos que, no seu presente fugaz, sao mais fortes do que todas as sombras, todos os lugares frios, todos os arrependimentos. Ser feliz em palavras que, durante essa respiracao breve, mudam de sentido. E nem a forma do mundo e igual: o sangue tem a forma de luz, as pedras tem a forma de nuvens, os olhos tem a forma de rios, as maos tem a forma de arvores, os labios tem a forma de ceu, ou de oceano visto da praia, ou de estrela a brilhar com toda a sua força infantil e a iluminar a noite como um coracao pequeno de ave ou de criança. Momentos que o fim torna ridiculos. Momentos que fazem viver, esperando por um dia, depois de todas as desilusoes, depois de todos os arrependimentos e fracassos, que se possam viver de novo, para de novo chegar ao fim e de novo a esperança e de novo o fim. Não se deve ter vergonha de se ser feliz por momentos. Nao se deve ter vergonha da memoria de se ter sido feliz por momentos.


José Luís Peixoto, in Uma Casa Na Escuridão

quinta-feira, 7 de junho de 2007

As palhotas



A Cidade


Bridges


Boleias




Andas a xova




Vassouras


Mercados

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Ninguém para o Benfica, Olé ouuuuuuuuu....


Agora sim, percebo a cantiga dos benfiquistas...
E ninguém para o Benfica, Ninguém para o Benfica....

Junkyard...
















terça-feira, 5 de junho de 2007

Os sitios...
















Os dias de Missirá - Manuel Lamas

“Quantas vezes te aconteceu que, em relação aos outros, tenhas estado frequentemente - ou, melhor dizendo, quase sempre - no lugar errado ou no momento errado?
Deixa ver se consigo desenvolver a ideia com suficiente nitidez.
Raras vezes aquilo que nos atrai nos outros - ou no outro, se preferires - chega mais fundo do que aquela superfície confortante das coisas de que se fala quotidianamente. Depois vais-te dando conta de que essas coisas se complicam. Factos, intuições, percepções e suspeitas que interagem, relacionam, destroem e reedificam. O outro espessa-se, alarga-se, ganha outras, e quase sempre insuspeitadas dimensões, bem longe da dicromia inicial.
Não me atreveria a afirmar que é um processo gradual. Descontínuo sim, como quase tudo, aliás.
Se no começo tentaste seduzir - e repara que falo no sentido mais lato - capturar o outro na órbita daquilo que julgaste ser o seu principio de gravitação pessoal, com um perfil, uma palavra deixada cair ou algo de semellhante, mais tarde ou mais cedo és obrigado a constatar que um e outro têm massas distintas, velocidades diferentes. Um peso passado que em puro cálculo de probabilidades vos atira - quando muito - para trajectórias que apenas cíclica ou episodicamente se tornam secantes. Percebes o que quero dizer?
O resultado final é uma mistura de arritmia, assincronismo, topologia irónica e insuspeitada. A partir de um certo grau de convivência os desencontros são mais numerosos e mais pesados do que os encontros. Ou, pondo as coisas de outra maneira, tens uma consciência mais aguda dos momentos de divergência do que dos momentos de convergência. E a própria tomada de consciência dessa realidade, mesmo quando se converte em tentativas de ajustamento, de correcção, acaba por só agravar as coisas. Porque, habituado à tua massa específica, à tua velocidade, à inércia adquirida num tempo pretérito, dificilmente admitirás que os conceitos de certo e de errado, de bem e de mal, pouco ou nada têm a ver com as assincronias entre ti e o outro.”
Recomendo...

Será isso, será assim?

“É tão estranho conhecer uma pessoa. Tão difícil que parece impossível. Não existir e passar a existir: uma pessoa inteira, um mundo inteiro. Onde caberá um mundo inteiro neste mundo pequenino? Como é que se consegue? Como é que se faz?”
“Mas gostava que soubesses que já gosto muito de ti, embora ainda não tenha tido tempo de saber o que é isso de gostar muito de ti. Não faz mal, logo se vê. Não, o que me assusta mesmo muito, quase terror por vezes, é depois não poder voltar atrás, tão simplesmente como quem põe uma fita de cinema a rebobinar. Quero dizer, depois de começar a gostar de ti como gosto, já não consigo desfazer isso que se fez, sei lá o quê, o que tu quiseres, isso tudo, o que nos traz juntos até aqui, se tu quiseres.”
“É tão bom sentir o que sinto. Que alguém, e és tu, me quer com o maior cuidado para não se enganar, iludir, mentir a si próprio que não me está a confundir, sem querer, com o que desejava ver, sempre esperou alcançar, sonhou quando era criança num sonho que ficou, quer mostrar aos outros, ao pai em especial, a quem quer que seja, pouco importa. Não, do que tu gostas mais em mim é dos meus pecados, dos meus defeitos físicos, de tudo o que não consigo ser, onde falhei, onde não pára nunca de doer, é isso o que tu queres ver, o que queres ter perto de ti, queres aceitar e cuidar, só isso, e o resto, só se vier com isso, porque é isso que tu amas em mim. Será isso? Será assim? Será possível pela primeira vez? Pode ser, talvez seja disso feito o nosso amor. Pelo menos grande parte, meu querido.”
Muito, Meu Amor - Pedro Paixão.

Passa?!

Passa uma rapariga...
Passa de vez em quando uma rapariga numa vida, uma rapariga alta e morena, com cabelo até à cintura, que olha para trás e para nós como se nos pedisse para dizer "eu vou matar-me". E essa rapariga só precisade um segundo, de um pequeno segredo, que nos esconde na alma, sem se importar com isso. E fica-nos para o resto da vida, presente em todosos instantes da vida, atravessada nas nossas poucas alegrias.Arruina-nos os amores, passando pelos quartos onde estamos deitados com raparigas muito piores e olhando por cima dos ombros como se tivesse pena de nós.Às vezes passa uma rapariga na vida que nunca mais deixa de passar, que nos interrompe e condena e encanta, sem saber o mal e o bem quenos faz e que nos fica na alma como aquelas pessoas que passam no momento em que se tira uma fotografia e passam a ser a pessoa que se fotografou (...).
Miguel Esteves Cardoso

sexta-feira, 1 de junho de 2007

As gentes...