terça-feira, 30 de outubro de 2007

Dwarfs and fairytales!






Um dia destes by Poisoned Apple...

Um dia destes ponho fim às tuas chalaças, aos teus gracejos que têm dias melhores e outros piores. Um dia destes ponho fim à picardia que adoras. Um dia destes até ponho fim às tuas piadas que me fazem rir. Um dia destes ponho fim ao teu olhar discreto (...), aos teus olhos que poisam nas minhas mãos, à mão tímida que não sabe para onde caminhar quando me cumprimentas. Um dia destes faço-te engolir um trago de ansiedade e deixo-te um nó na garganta. Um dia destes levo-te ao desespero, ao desespero bom. Um dia destes vou dar-te tesão. Um dia destes vou ser bruto, (...) e pôr fim às tuas gracinhas com um beijo. Quero ver se o que vai brotar da tua boca são palavras.


É plágio, sim senhor 2 !


Brilante texto do Gostar á Bruta...




" As mulheres não querem ser definidas, antes compreendidas. As mulheres querem uma piada que as faça rir bonitas, não uma piada que as faça rir por rir. As mulheres não querem que os homens perguntem permanentemente o que é que querem. As mulheres escolhem inúmeras vezes a roupa não porque são instáveis ou porque têm dificuldades de decisão, mas para verem sequencialmente o seu corpo - as roupas são o espelho. As mulheres desejam que aos seus ouvidos se reze insistentemente e em voz baixa.
Elas desejam que os homens adivinhem os seus desejos, que lhes digam palavras rudes com ternura, que lhes digam palavras ternurentas com violência, que a paixão seja inventada (porque quando uma mulher tem prazer sai do seu corpo…). As mulheres querem que os homens fechem a porta à noite para elas a abrirem de manhã.
Querem As mulheres querem ter a esperança de não ser elas, pelo menos uma vez por mês. Elas querem falar com as amigas (ou amigos) o que o seu homem não sabe ouvir. Querem que o seu homem entenda que ele nem sempre é seu assunto preferido. Querem dançar para os outros homens para chamar o seu para perto de si. As mulheres querem ser ressarcidas dos seus erros, querem que acreditem nelas quando mentem, que duvidem delas quando dizem a verdade. As mulheres querem ser perfeitas dentro das suas imperfeições.
Querem ser olhadas nos olhos, na menina dos olhos. Querem viver o que não entendem. Querem dizer o que sofrem para não sofrer do mesmo. Querem ter sonhos eróticos para substituir as lembranças passadas. Querem (queriam!) criar uma outra mulher dentro de si, uma outra mulher que as contradiga. As mulheres, ao andar, querem sentir olhos nas costas, não assobios ou piropos. As mulheres querem descansar num colo.
Querem que um homem as ajude a enterrar o passado e, ao mesmo tempo, a desenterrar o futuro. Querem ser surpreendidas com um beijo nos ombros. Querem descobrir, nem tarde nem cedo demais, o que a vida quer delas. Querem que os homens fechem as antigas relações e a pasta de dentes. As mulheres não querem que os homens falem por elas, tal como eu aqui tentei fazer. "

É plágio, sim senhor!


Está brilhante! Retirado á bruta daqui...


Os homens, assim de repente, não querem nada. Querem descobrir o que querem a meio do caminho. Sendo vaidosos, não querem ser excessivamente elogiados, senão pensam, automaticamente, que estão a ser gozados. Querem dormir quando não aguentam mais acordados, nunca por opção. Querem deixar de ser eles próprios e procuram-no viajando. Querem sentir-se inteiros quando desfazem as malas. Os homens não querem o meio-termo. Querem ficar sossegados a dois e chamar a atenção em público. Falam mais do que devem e calam-se a mais do que podem. Não se querem explicar quando erram. Criticam a sogra como forma de magoar a mulher. Ofendem como forma de se magoar a si próprios. Antes de decidir já disseram sim a tudo. Quando lhes falta o desejo querem, sempre, ter razão. Querem almoçar muito depressa e jantar com muita calma. Não gostando de mistérios, gostam de ter segredos para contar aos amigos. Querem o passado ao seu lado de mãos dadas. Gostam de sair para poderem voltar. Querem arrecadar a sua infância numa gaveta. Não querem estar cansados. Querem mostrar boa disposição mesmo quando estão cansados. Querem consolar para evitar chorar. Querem amizade quando falam de sexo, querem sexo quando falam de amizade. Querem mostrar-se pacientes. Querem o emprego do amigo. Querem o prato da mesa ao lado. Querem fazer sofrer mais do que já sofreram. Numa conversa, fingem que sabem o que não percebem e tentam perceber durante a mesma. Querem amar sem data de início. Querem casar sem assinar os papéis. Querem os seus lugares preferidos. Querem ter um confidente para se não trairem. Querem usar a roupa até ao seu fim. Querem carregar os sacos das compras, não querem ser convidados a fazê-lo. Querem ouvir o seu nome para voltarem à conversa. Querem beber sozinhos a sua ressaca. Querem jogar futebol com os amigos para voltarem a ser pequenos. Querem ter a última palavra. Querem ser desejados por vaidade. Querem esperar à porta para pressionar. Querem chegar atrasados para não ter de esperar. querem viver depressa para evitar desabafar. Querem arrepender-se do que não fizeram. Preferem ser esquecidos do que pouco lembrados. Querem começar o que ainda não acabaram. Querem que a mãe, em jantares de família, se cale antes de falar deles. Querem expectativas para não desistirem. Querem desistir das expectativas. Querem aprisionar e interrogar os ciúmes. Querem telefonar sem nada para dizer. Querem ser pais dos seus próprios pais. Querem amar os filhos como se fossem eles próprios os filhos. Querem deixar dúvidas. Querem a aparência de uma aventura. Querem descobrir a sua mulher pela sua respiração. Querem transformar os seus deveres nos seus direitos. Querem arrancar uma árvore para atravessar um ribeiro. Querem dominar os seus impulsos. Querem reconhecer-se no escuro. Querem avançar para se repetirem. Querem recuar para se repartirem. Querem morrer de mãos dadas.

Eu sou o tempo; sou nada.

Só vivendo sobre a mudança se podia evitar a dor, só contornando a monstruosa perfeição do tempo se podia vencê-lo. Assim pensava, e enganei-me, porque o tempo não é pensável. Concentrei-me em deixar de ser para poder ser tudo, em esquecer para dominar a existência. Eu sou o tempo; sou nada, o nada veloz e imóvel que molda o corpo do tempo. Deixar de ser é ainda acatar as regras implacáveis do ser. Estou esgotado do correr contra a dor, contra a memória, contra a infância, contra o amor e o ódio. Criei uma meta de tranquilidade que se afasta tanto mais quanto mais corro para ele. Não há paz no instante, e eu vivo de instante para instante. Começo a temer que a paz se alimente do sangue da paixão de que abjurei.

(Inês Pedrosa- Fazes-me falta)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

O Largo.


Era o centro da Vila. Os viajantes apeavam-se da diligência e contavam novidades. Era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Também, à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. O tempo passava, e essa qualquer coisa inventada vinha a ser a verdade. Nada a destruía: tinha vindo do Largo. Assim, o Largo era o centro do mundo.Quem lá dominasse, dominava toda a Vila. Os mais inteligentes e sabedores desciam ao Largo e daí instruíam a Vila. Os valentes erguiam-se no meio do Largo e desafiavam a Vila, dobravam-na à sua vontade. Os bêbados riam-se da Vila, cambaleando, estavam-se nas tintas para todo o mundo, quem quisesse que se ralasse, queriam lá saber- cambaleavam e caíam de borco. Caíam ansiados de tristeza no pó branco do Largo. Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo o que a vida dava, quer fosse a valentia, ou a inteligência, ou a tristeza.Os senhores da Vila desciam ao Largo e falavam de igual para igual com os mestres alvanéis, os mestres-ferreiros. E até com os donos do comércio, com os camponeses, com os empregados da Câmara. Até, de igual para igual, com os malteses, os misteriosos e arrogantes vagabundos. Era aí o lugar dos homens, sem distinção de classes. Desses homens antigos que nunca se descobriam diante de ninguém e apenas tiravam o chapéu para deitar-se.Também era lá a melhor escola das crianças. Aí aprendiam as artes ouvindo os mestres artífices, olhando os seus gestos graves. Ou aprendiam a ser valentes, ou bêbados, ou vagabundos. Aprendiam qualquer coisa e tudo era vida. O Largo estava cheio de vida, de valentias, de tragédias. Estava cheio de grandes rasgos de inteligência. E era certo que a criança que aprendesse tudo isto vinha a ser poeta e entristecia por não ficar sempre criança a aprender a vida- a grande e misteriosa vida do Largo.A casa era para as mulheres.



(Manuel da Fonseca- O FOGO E AS CINZAS)

domingo, 28 de outubro de 2007

How it was...


E se não voltares?? Levas-me contigo?

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Descansos...




quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ás vezes penso, que penso demais.


Ás vezes penso, que penso demais. E que isso me prejudica. Que não me importava de pensar menos e de me preocupar menos. De não aceitar problemas a prazo. De começar a tremer á distância. Mas tenho sempre calma porque sei que um dia tudo vai fazer sentido. Aprendi que é assim e que todos os dias têm um sentido qualquer. Mesmo que mais escondido. Acredito, que se caio é porque me vai fazer bem esfolar os joelhos, e se choro é porque é bom lembrar o sabor do mar. Mas penso demasiado. Nas quedas e nas alturas. E não consigo nivelar-me. Nem sempre pelo menos. E fazia-me falta. Evitava-me oscilações. Picos. Altos e baixos. Accredito que há mais qualquer coisa. Que me faz pensar e preocupar. Acredito que tenho um dedo que adivinha. Que me faz saber. Bem dentro, que sou um bocadinho mais do que penso ás vezes ser. Quero viver. Procurar o que mais houver.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

And dance. Always dance.


And dance. Always dance. Music is the heart of Maputo, and every night of the week there's somewhere to shake your booty—regardless of how much money you have. On Fridays Xima blasts out marrabenta, Mozambican fusion dance music, to the locals; le weekend is marked by live gigs at the Franco-Mozambican Cultural Center and nearby Gil Vicente; while Coconuts blasts house music for those who were too young or busy warring to enjoy it the first time. And for a moment, when everybody's dancing, it feels like everybody's rich.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Abaixo da terra.


É natural que quem quer "elevar-se" sempre mais, um dia, acabe por ter vertigens. O que são vertigens? Medo de cair? Mas então porque é que temos vertigens num miradoiro protegido com um parapeito? As vertigens não são o medo de cair. É a voz do vazio por debaixo de nós que nos enfeitiça e atrai, o desejo de cair do qual, logo a seguir, nos protegemos com pavor. (...)Poderia dizer que ter vertigens é embriagarmo-nos com a nossa própria fraqueza. Temos consciência da nossa fraqueza, mas, em vez de resistir-lhe, queremos abandonar-nos a ela. Embriagamo-nos com a nossa própria fraqueza, queremos ficar ainda mais fracos, cair por terra em plena rua à frente de toda a gente, ficar por terra, ainda mais abaixo do que a terra.


Milan Kundera - A Insustentável leveza do ser.

Feitiço?!

Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos braços que equilibram o balanço dos pés.

O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é o policentrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do movimento, mas através de todo o aparelho sensorial.
A memória é o aspecto ontológico da estéctica africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses.

A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo acto ou gesto é praticado num número infinito de vezes, para dar à acção um carácter de atemporalidade, de continuação e de criação continua.


Nas danças africanas o contato contínuo dos pés nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao contrario das danças ocidentais performadas sobre as pontas a testemunhar a vontade de deixar este mundo para alcançar um outro. Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, capoeira, côco, congadas e jongo.

Texto WiKipédia.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Serve para perder o medo.


(...) E do que eu gosto mais em ti é dos teus defeitos, dos teus pecados, da tua mentira que odeias. Para se gostar mesmo, como eu gosto de ti, é preciso dar atenção ao de que não se gosta nada das outras vezes, mesmo nada, isso é que é gostar como eu gosto de ti, é isso, só isso, que me faz gostar de ti. (...) os teus feitos são mortais, mas os pecados, esses são só teus. E meus, se tu quiseres.(...)E para que serve o amor, diz-me já.
- Serve para perder o medo."


Pedro Paixão in Muito,meu amor


“(…) O que me inveja não são esses jovens, esses fintabolistas, todos cheios de vigor. O que eu invejo, doutor, é quando o jogador cai no chão e se enrola e rebola a exibir bem alto as suas queixas. A dor dele faz parar o mundo. Um mundo cheio de dores verdadeiras pára perante a dor falsa de um futebolista. As minhas mágoas que são tantas e tão verdadeiras e nenhum árbitro manda parar a vida para me antender, reboladinho que estou por dentro, rasteirado que fui pelos outros. Se a vida fosse um relvado, quantos penalties eu já tinha marcado contra o destino? (…)”



(Mia Couto, in O Fio das Missangas)

No lado quente da saudade.

Esperei-te no fim de um dia cansado
À mesa do café de sempre
O fumo, o calor e o mesmo quadro
Na parede já azul poente
Alguém me sorri do balcão corrido
Alguém que me faz sentir
Que há lugares que são pequenos abrigos
Para onde podemos sempre fugir
Da tarde tão fria há gente que chega
E toma um café apressado
E há os que entram com o olhar perdido
À procura do futuro no avesso do passado
O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que não deixam partir nem deixam chegar
O escuro lá fora incendeia as estrelas
As janelas, os olhares, as ruas
Cá dentro o calor conforta os sentidos
Num pequeno reflexo da lua
Enquanto espero percorro os sinais
Do que fomos que ainda resiste
As marcas deixadas na alma e na pele
Do que foi feliz e do que foi triste
Sabe bem voltar-te a ver
Sabe bem quando estás ao meu lado
Quando o tempo me esvazia
Sabe bem o teu abraço fechado
E tudo o que me dás quando és
Guarida junto à tempestade
Os rumos para caminhar
No lado quente da saudade.

Mafalda Veiga - Fim do dia

Milkshake Of My Little Dreams








sábado, 20 de outubro de 2007

Yes, indeed.

Gostei, gostei, gostei...

Fim de semana. Aqui.

Marracuene

Macaneta


sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Seightseeing II






Carta de um Moçambicano.


A crença geral anterior era de que Chissano não servia... Agora dizemos que Guebuza não serve. E o que vier depois de Guebas também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Chissano ou no que é o Guebas. O problema está em nós. Nós como povo.
Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais que o Dólar. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto: folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRPS para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar.Um país no qual a prioridade da passagem é para o carro e não para o peão.Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Chissano e de Guebas, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um Policia de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Chissano é culpado, melhor sou eu como Moçambicano, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta!!!
Como 'matéria-prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTICE MOÇAMBICANA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Chissano ou Guebas, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são moçambicanos como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...
Fico triste. Porque, ainda que Guebas fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Como não serviu Chissano, e nem serve Guebas, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? - Não! Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!
É muito bom ser moçambicano. Mas quando essa moçambicanidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda..
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos Moçambicanos nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos estúpidos. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.
E você, o que pensa?.... MEDITE!!!

Carta recebida por e-mail. Autor desconhecido.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sítios vagos. Pessoas vagas.





As vezes dá nisto. O encanto perde-se. Até já.



As vezes dá nisto. O encanto perde-se. Toda a minha vida gostei de encantos e é por eles que me perco e que me guio. As vezes ele abandona-me e vai não sei para onde. Hoje acordei desencantado, deixei de achar graça as cores de África, aos sorrisos e as pessoas e lugares.
As vezes dá nisto. Nem sei bem porque. Não sei se é pelos telefones que não me respondem do outro lado da linha e do mundo, se é apenas por mim. Mas o encanto foi-se. E nem adeus me disse. E ainda bem, que não gosto de despedidas, prefiro um até já, como espero que seja o caso.
A marrabenta já não me disse nada, as crianças também não, olhei com indiferença, sem sequer pensar. Isso preocupa-me. A procissão ainda vai no adro e o encanto já partiu. Os pensamentos invadem-me e tiram-me o sono. As vozes que não oiço, as caras que já não me recordo. Isso preocupa-me. Sempre me baseei em encantos para viver. A saltar de uns para outros. Encantos por sítios, por pessoas, por mulheres, por espaços, por amizades. É isso que me faz avançar. E agora, parece-me que entrei em contra-marcha. Isso preocupa-me. E desancanta-me. Logo a mim, que sempre gostei de encantos. Que me encantem e surpreendam. Vou tentar mais uma vez, ouvir as vozes que tanta falta me fazem e tentar recordar as caras e expressões, que me ligam ao encanto. Vou tentar. As vezes dá nisto. O encanto perde-se. Até já.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

I wonder, será?

“'If you can make a girl laugh, you can make her to do anything!'”

Porque hoje acordei assim...


"Sou uma pessoa de gostos simples. Basta-me o melhor."


Oscar Wilde

Before Sunset...


(...) When I was a little (boy), my mom told me that I was always late to school. One day she followed me to see why...I was looking at chestnuts falling from the trees, rolling on the sidewalk, or ants, crossing the road...the way a leaf casts a shadow on a tree trunk...Little things. I think it's the same with people. I see in them little details, so specific to each other, that move me, and that I miss, and...will always miss.You can never replace anyone, because everyone is made of such beautiful specific details (...)"
Before Sunset

No Reino da Suazilandia..


Mais uma viagem...
PostCard from Suazilandia...

domingo, 14 de outubro de 2007

Retribuir gentilezas...


A vulgaridade é o único pecado que não se pode perdoar.
Oscar Wilde

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Arrisco???


Estou a pensar arriscar...

Faz me falta Lisboa...


(...)Deixei para trás a vida cheia de loucura

Fechei a porta onde não mais quero entrar.

Ando ao acaso pelas ruas da cidade

Assobiando, mãos nos bolsos a sonhar.

Cai neve em Nova Iorque

Há sol no meu país

Faz-me falta Lisboa

Para me sentir feliz(...)


José Cid - Cai neve em Nova Iorque

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Marés...







Outras vistas de Maputo