terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O meu riso.

“Tenho o riso tão roto, tenho andado tão por baixo, que já não chego com as mãos à cabeça, já nem o riso consigo remendar. As lágrimas lavam-me a cara quando me deito e me levanto. Rasgam-me os lábios até às orelhas, cada vez que tento falar, para dizer aos outros que estou bem. Hoje vi-me ao espelho. Parecia um palhaço assassinado com uma faca. até a vontade de me rir eu perdi.”


Miguel Esteves Cardoso

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