É sempre assim.
É sempre assim. Nos meus regressos a África nunca sei como me sinto. Não sei se é do calor. Se da magia. Da pobreza. Ou da vida em si. Da minha e da africana. É sempre assim. As saudades apertam logo. Mas resito, o trabalho dá-me descanso para a cabeça. E cansaço para o corpo. Recordações dos sorrisos lisboetas. Contrapostas com os sorrisos africanos. É sempre assim. Nem sei se vivo se sobrevivo. Mas as vezes gosto da minha vida aqui. Da agitação. Do ter de trabalhar a mil. Mas nunca esqueço que adoro a minha em Portugal. De ser bicho do mato. E só me arrepender disso quando aqui estou. De mil desculpas inventar para não ir a cafés ou jantares. Agora ia a todos. É sempre assim. Nunca agarro o hoje como se não houvesse amanhã. Depois penso sempre tudo e vai mudar. E nunca muda. Não mudam as saudades. Nem os beijos. E sobretudo não mudam os momentos. Que eu sempro gravo no peito. E que adoro. É sempre assim. A minha vida africana.
1 comentário:
As tuas palavras coincidem com os meus pensamentos e de certa forma com os meus sentimentos. Identifico me muito.
Bjk!
Catarina
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